21 novembro 2009

Vencedor Curtas RBS

Os Curtas RBS acabou neste sábado, mas ainda dá tempo de votar nos melhores curtas. Nossa indicação, e até puxando pro nosso lado, é o Curta A Jaqueta do Elvis, de André Contantin. Assista e mande sua nota pelo site: http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=79308&channel=45




Na subida da Serra gaúcha, um Elvis de sotaque particular revive e incorpora um dos maiores mito da história do rock'n'roll. O documentário mostra personagens reais que buscam na transfiguração do mito um limite entre realidade e invenção

Morre Herbert Richers, pioneiro na dublagem de filmes no Brasil

Você já deve ter escutado em filmes uma voz sonora dizendo "versão brasileira, Herbert Richers" e se perguntando: "Poxa, esse cara é dono dos filmes no Brasil". Bom, na verdade Herbert Richers era um produtor de cinema, dono da empresa que leva o seu nome e que foi uma das pioneiras no ramo de dublagens no Brasil, e infelizmente morreu hoje aos 86 no Rio.

Richers estava internado na Clínica São Vicente desde o último dia 8 e morreu em consequência de um problema renal.

Atualmente, a empresa possui um dos maiores estúdios de dublagem da América Latina e é responsável por grande parte dos filmes exibidos em português no país.

16 novembro 2009

Advocacia-Geral da União garante aplicação das cotas para exibição de filmes nacionais

A Advocacia-Geral da União (AGU) suspendeu, na Justiça, a decisão que autorizava as empresas cinematográficas do estado do Rio Grande do Sul a não cumprirem a chamada "cota de tela", que é a quantidade anual de filmes brasileiros a serem exibidos pelas salas de cinema, conforme determinação da Agência Nacional do Cinema (Ancine). A vitória foi obtida pela Procuradoria Regional Federal da 4ª Região, unidade da Procuradoria-Geral Federal (PGF) da AGU.

O Sindicato das Empresas Cinematográficas no Estado do Rio Grande do Sul ajuizou ação, em 2004, alegando a inconstitucionalidade dos artigos 55 e 59 da Medida Provisória (MP) 2.228-1/01. As normas determinam que às empresas cinematográficas e de distribuição de vídeos devem exibir e ter em locadoras, por 20 anos, filmes brasileiros, com o objetivo de lançá-los comercialmente.

Questionava também o artigo 1º do Decreto 4.945/03, que fixou, no ano de 2004, o período de 60 dias para exibição de obras cinematográficas brasileiras de longa-metragem pelas empresas.

Na defesa, a PRF4 esclareceu que a MP nº 2.228-1/01 criou a Política Nacional do Cinema e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Cinema Nacional (Prodecine).

"As políticas públicas, como no caso, são imprescindíveis ao desenvolvimento do país. E a estagnação do crescimento brasileiro nas duas últimas décadas, ainda que tenha realizado importantes reformas econômicas, sociais e políticas, deu-se, em parte, pela resistência na adoção dessas políticas públicas, em razão da falta de mentalidade nacional de que o desenvolvimento é mais o resultado de um processo gradual de mudanças", disse a apelação.

A Procuradoria ressaltou que o artigo 215 da Constituição Federal estabelece que "o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais".

Fixação dos dias

A peça da PRF4 informou que para fixação do número de dias que devem ser exibidos obras brasileiras são ouvidas entidades representativas dos produtores, distribuidores e exibidores, de acordo com a determinação legal. Outros fatores também são considerados: número de filmes de longa metragem lançados, público e a renda obtida.

A cota de tela fixada, em termos percentuais, representa 17,26% (63/365) do número de dias no ano. Isso não afeta o lucro obtido pelas empresas exibidoras. A fixação da cota de tela é feita levando em consideração não apenas fatores econômicos, mas também aspectos culturais, conforme previsto no artigo 215 da Constituição.

Os argumentos foram acolhidos, por unanimidade, pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que suspendeu a decisão da 5ª Vara Federal de Porto Alegre favorável ao sindicato.

Na decisão, o TRF4 afirmou que "não há qualquer inconstitucionalidade na determinação de exibição de filmes nacionais, já que a própria Constituição Federal eleva a princípio a promoção do patrimônio cultural brasileiro. A exibição do cinema nacional em vários festivais evidencia a preocupação deste setor com a realidade social nacional, de modo que não vejo como afastar a determinação contida na Medida Provisória nº 2.228-1/2001".

Ref: Ação Ordinária nº 2004.71.00.043646-8 TRF-4ª Região

07 novembro 2009

Morre Anselmo Duarte!!!

Anselmo Duarte morreu na madrugada deste sábado, aos 89 anos, no Hospital das Clínicas. Ele estava internado desde 27 de outubro quando deu entrada com um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico, segundo a assessoria do hospital.

Natural de Salto, no interior de São Paulo, Anselmo ganhou a Palma de Ouro em Cannes por "O Pagador de Promessas" (1962), estrelado por Leonardo Villar e Glória Menezes, único filme brasileiro a ganhar o principal prêmio do festival francês, um dos mais prestigiados do mundo. A produção também concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Um dos maiores galãs do cinema nacional, Anselmo começou sua carreira como ator ao se mudar para o Rio de Janeiro, nos anos 40. Atuou em várias produções da Atlântida, como "Carnaval no Fogo", uma comédia musical sobre um plano de assalto ao Copacabana Palace, em que contracenava com Oscarito e Grande Otelo, além de assinar o argumento do filme.

Ele fez também "Aviso aos Navegantes", sobre uma companhia teatral excursionando em navio luxuoso, quando atuou com a mesma dupla no filme com o mesmo diretor: Watson Macedo, com quem Anselmo Duarte aprendeu a dirigir e escreveu roteiros e argumentos. O cineasta fez carreira também na Vera Cruz paulista, contracenando com Tônia Carreiro em "Tico-Tico no Fubá". Anselmo Duarte fez ainda uma comédia de sucesso em 1957 com Dercy Gonçalves, "Absolutamente Certo" e atuou em "Apassionata e Veneno", entre outras obras.

Depois da consagração internacional de "O Pagador de Promessas", Anselmo Duarte fez ainda um outro filme, "Vereda de Salvação" (1964), baseado em peça de Jorge de Andrade, com o qual foi indicado ao Urso de Ouro do Festival de Berlim, mas que não obteve reconhecimento tão grande quanto sua obra-prima vencedora em Cannes.

O cineasta também dirigiu longas como "Absolutamente Certo" (1957), "Um Certo Capitão Rodrigo" (1971) e "O Crime do Zé Bigorna" (1977), entre muitos outros. Como ator e roteirista, participou de mais de 40 filmes. Recentemente, o diretor foi agraciado com a Ordem do Ipiranga, mais importante honraria concedida pelo governo de São Paulo.

CLARO CURTAS ABRE INSCRIÇÔES

O Claro Curtas – Festival Nacional de Curtíssima Metragem valoriza a produção audiovisual realizada em curtíssimos formatos (30 a 90 segundos) feita a partir de celulares, webcams, câmeras digitais e outros dispositivos móveis.

O Claro Curtas 2009 traz o tema SER DIGITAL – Aprendizado e Transformação na Sociedade do Conhecimento. A ideia é ampliar os debates sobre as possibilidades trazidas pelas novas tecnologias, suas formas de expressão e participação no mundo contemporâneo.

Dira Paes, Carlos Nader, Caio Gullane, Cao Hamburger e Matheus Nachtergaele são os jurados que selecionarão os melhores curtas.

São 100 mil reais em prêmios!

As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site www.clarocurtas.com.br.